A atual crise capitalista e os enganadores de plantão*
José Rubens Mascarenhas de Almeida
Cada crise destrói regularmente não só uma grande massa de produtos já fabricados, mas também uma grande parte das próprias forças produtivas já desenvolvidas. (...) E por quê? As forças produtivas de que dispõe não mais favorecem o desenvolvimento das relações de propriedade burguesa.
Karl Marx
O conceito de crise, em sua acepção pré-científica, inicialmente, foi construído tendo por base as ciências médicas, aludindo a um processo de enfermidade de um determinado organismo. Desde Aristóteles até Hegel, crise designa o ponto de inflexão de um processo fatal que não sobrevém simplesmente de algo externo à identidade das pessoas a ela sujeitas. Assim, toda crise diz respeito às estruturas e aos sujeitos por ela envolvidos. Desde a filosofia da História do século XVIII, o conceito de crise penetra nas ciências sociais, tendo em Marx uma concepção sistêmica, não se tratando de um simples desajuste, mas reflexo das principais contradições do modo de produção como um todo. Desde então, quando se alude à crise, se fala de tensão social e econômica, na ordem sistêmica.
Assim, a lógica das crises gestadas sob a economia capitalista, diz respeito às dificuldades geradas em decorrência do processo de reprodução do sistema, quando o consumo cai, por dois motivos essenciais: o baixo poder aquisitivo dos salários faz com que os que trabalham restrinjam seus gastos, o que, por sua vez, inibe a demanda que acaba por diminuir o índice de empregos, retirando do mercado, cada dia mais, mais consumidor. Mas, o desemprego tem uma função precípua no processo de acumulação capitalista. Ele garante os ganhos daqueles que detêm a propriedade do capital. Estes, só fazem novos investimentos quando as taxas de lucro lhes são convenientes, ou seja, remuneram a contento seu capital. Quando isso não acontece, seus investimentos buscam outras fontes de remuneração, o que provoca uma crise no setor.
Cada crise destrói regularmente não só uma grande massa de produtos já fabricados, mas também uma grande parte das próprias forças produtivas já desenvolvidas. (...) E por quê? As forças produtivas de que dispõe não mais favorecem o desenvolvimento das relações de propriedade burguesa.
Karl Marx
O conceito de crise, em sua acepção pré-científica, inicialmente, foi construído tendo por base as ciências médicas, aludindo a um processo de enfermidade de um determinado organismo. Desde Aristóteles até Hegel, crise designa o ponto de inflexão de um processo fatal que não sobrevém simplesmente de algo externo à identidade das pessoas a ela sujeitas. Assim, toda crise diz respeito às estruturas e aos sujeitos por ela envolvidos. Desde a filosofia da História do século XVIII, o conceito de crise penetra nas ciências sociais, tendo em Marx uma concepção sistêmica, não se tratando de um simples desajuste, mas reflexo das principais contradições do modo de produção como um todo. Desde então, quando se alude à crise, se fala de tensão social e econômica, na ordem sistêmica.
Assim, a lógica das crises gestadas sob a economia capitalista, diz respeito às dificuldades geradas em decorrência do processo de reprodução do sistema, quando o consumo cai, por dois motivos essenciais: o baixo poder aquisitivo dos salários faz com que os que trabalham restrinjam seus gastos, o que, por sua vez, inibe a demanda que acaba por diminuir o índice de empregos, retirando do mercado, cada dia mais, mais consumidor. Mas, o desemprego tem uma função precípua no processo de acumulação capitalista. Ele garante os ganhos daqueles que detêm a propriedade do capital. Estes, só fazem novos investimentos quando as taxas de lucro lhes são convenientes, ou seja, remuneram a contento seu capital. Quando isso não acontece, seus investimentos buscam outras fontes de remuneração, o que provoca uma crise no setor.
* Este texto é de autoria de José Rubens Mascarenhas de Almeida, professor de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Entedemos que este Blog é um espaço aberto à troca de conhecimento, por isso, convidamos a todos a participarem interativamente da sua atualização, nos enviando comentários, artigos, vídeos ou outros materiais que contribuam para a formação intelectual de nossa comunidade.
2 Comentários:
Parabéns professor José Rubens pela excelente matéria.Continue escrevendo pra este blog
. Tarcisio
Jerp, Noite de autógrafos, não sei dizer qual me encantou mais. O certo é que todos eles deixaram saudades, muitas saudades para nós e nossos filhos . Parabenizamos toda a diretoria do Educandário Padre Gilberto.
Joana, Pedro e Aline.
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