Uma aula diferente

Os estudantes saíram pela manhã bem cedo em direção à aula de campo que aconteceu na cidade de Ituaçu na quinta-feira (20). A viagem teve uma proposta de uma aula mais dinâmica, em que a vivência foi a base para a construção do conhecimento.

Os alunos foram levados a desenvolver atividades propostas em sala de aula pelos professores de todas as disciplinas, de Matemática a Inglês. O objetivo de cada educador foi desenvolver uma atividade vinculada à matéria ministrada e à realidade que os estudantes puderam vivenciar na cidade, abrangendo aspectos históricos, culturais, turísticos, econômicos, ambientais e físicos. Dessa forma, o conhecimento adquirido em sala pôde ser aplicado a uma aula de campo. Para a coordenadora pedagógica Karine Prado, vivenciar essas experiências fora do seu “espaço comum” é conhecer ou reconhecer as várias possibilidades de aplicação dos aspectos discutidos em sala de aula, de uma forma dinâmica e divertida.

Após a chegada à cidade, os adolescentes deram início à primeira atividade: atravessar a Gruta da Mangabeira, que tem cerca de 3500 metros de extensão, uma caminha de aproximadamente duas horas, com subidas cansativas, descidas velozes e passagens apertadas, mas todo o esforço sempre recompensado pelos belos monumentos de pedras esculpidos ao longo de séculos pela natureza.

Os estudantes puderam entender como e quando aconteceu a descoberta da gruta no século XVIII e quando, anos depois, todo o percurso dela foi mapeado por engenheiros e somente então, a caverna, começou a ser aberta para visitação, sempre acompanhadas de guias, que passam, além dessas informações históricas, outras curiosidades ao longo do belíssimo percurso. A Gruta da Mangabeira foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1962.

No final do trajeto, os alunos ainda passaram por uma prova de resistência e esforço físico, uma escadaria de quase 200 degraus. Um verdadeiro exame de boa forma, em que eles, apesar de alguns momentos de queda de resistência, foram aprovados. Durante a tarde, os estudantes foram à praça central da cidade para concluir as atividades propostas pelos professores em sala de aula.

Com os objetivos alcançados, os alunos voltaram cheios de histórias e experiências para contar. Para o aluno Guilherme França, foi uma aula diferenciada e bem interativa, que deveria acontecer mais vezes. Karine Prado completa: “momentos como este são apreciados pelos alunos e por toda a equipe”.